Embora ainda sejam necessárias pesquisas mais completas para entender como a cannabis ajuda pessoas com autismo, atualmente este demonstra ser um dos tratamentos mais efetivos.
É importante lembrar no entanto, que não há cura conhecida para o transtorno do espectro autista e que a cannabis pode apresentar bons resultados no controle de sintomas.
O Transtorno do Espectro Autista e o funcionamento da cannabis
O transtorno do espectro autista pode se apresentar de diversas maneiras no paciente.
As formas mais comuns refletem em dificuldade de socialização e comunicação, padrões repetitivos de comportamento e alta sensibilidade a sons, toques e outros estímulos.
Também é possível associar o transtorno à ansiedade, depressão, déficit de atenção, hiperatividade, TOC e epilepsia.
Quando nos referimos a essa condição como “espectro”, levamos em consideração que existem diversos níveis em que a condição de autista pode se expressar.
Dados de 2023 estimam que aproximadamente 1% da população mundial se encontra em algum ponto do espectro autista.
Embora existam diversos medicamentos disponíveis nas farmácias, ainda não há na farmacopéia uma substância alopática capaz de amenizar todos os sintomas sem que haja efeitos colaterais.
O mesmo não acontece com a cannabis, que age gradativamente reduzindo a aparição de boa parte dos sintomas aqui apresentados, enquanto oferece baixa toxicidade ao organismo do paciente.
O CBD, composto da cannabis que não oferece efeito psicoativo, costuma ser indicado para problemas de inquietação, como a ansiedade e a falta de sono.
E pode não apenas reduzir a potência dos sintomas, como também apresenta potencial na ação moduladora dos neurotransmissores, equilibrando as funções cerebrais.
Cannabis ajuda pessoas com autismo?
Enquanto existem milhares de relatos pelo mundo apontando os benefícios do tratamento com CBD para pessoas autistas, os obstáculos em torno de pesquisas impede a compreensão total dos seus efeitos na condição.
Pacientes autistas que fazem acompanhamento médico com a presença de canabidiol apresentam tendências de diminuição da ansiedade, agressão, hiperatividade e melhora do sono.
Existem inúmeros casos de crianças que passaram a apresentar até mesmo uma evolução considerável na sua comunicação verbal.
No entanto devemos considerar que a comunidade científica está apenas no início do conhecimento em relação aos efeitos totais da planta.
Por isso é muito importante que exista acompanhamento médico aproximado, para entender como a cannabis ajuda pessoas com autismo.
Esperamos que a nova lei de pesquisas recentemente aprovada pelo governo federal, proporcione o cenário adequado para que estudos de alta qualidade surjam em torno desta questão.